quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Este blogue

não acaba aqui. Ficará quieto, à espera de uma outra iniciativa.Uma qualquer, por quem necessite. Pode ser usado por qualquer pessoa. Basta pedir os comandos. Obrigada, uma vez mais.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Da Paula para vocês

 Escrevi estas linhas umas mil vezes. Não consigo encontrar as palavras certas para vos explicar o que sentimos, o que continuamos a sentir e como vos agradecer por esta esperança, por este pedaço de sol, por tanta generosidade e solidariedade. Aos dois raios de Luz com quem desabafei apenas sobre as dificuldades da vida e particularmente desta fase da minha, quero dizer que estão no nosso coração para sempre, num lugar muito especial. Já lhes conhecia a generosidade, a solidariedade, a amizade verdadeira e, a preocupação para com o próximo, apenas por convivência quase diária, ainda que virtual. Já nutria por elas, grande admiração. Pelas suas convicções, pela capacidade de lutar e não desistir. Talvez tenha sido por isso, por ver nelas a força de que estava a precisar, por terem sempre palavras de incentivo que, "as escolhi", ainda que sem nenhuma intenção ou longe de pensar que iriam tomar esta iniciativa. Procurei apenas as palavras quase sempre certas e, que na hora certa, costumam ter. A elas o meu PROFUNDO OBRIGADA!!!
Às AMIGAS das minhas AMIGAS que agora são minhas AMIGAS também, um OBRIGADA do tamanho do MUNDO e deixo aqui uma PROMESSA de coração, de que por mim, pela minha familia, e GRAÇAS A VOCÊS, NÃO VOU DESISTIR, e vou lutar com todas as minhas forças!!
Um beijinho gigante a todas/os e OBRIGADA DE CORAÇÃO!

"Paula"!

domingo, 10 de outubro de 2010

A Paula

sorriu. O marido da Paula sorriu. A filha da Paula sorriu. A família da Paula sorriu. Os amigos da Paula sorriram. A família do marido da Paula sorriu. Os amigos do marido da Paula sorriram. Nós sorrimos. Todos sorrimos. O mundo sorriu e descansou um bocadinho.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Ei-las

Para que conste

A lista foi divulgada por uma questão de transparência, não por exibicionismo.

Os dias passaram

mas a solidariedade não ficou esquecida. A lista abaixo referida menciona aqueles que contribuíram com dinheiro para o Cartão Continente (e parte enviado em vale postal), mas a bondade e o interesse das pessoas superaram as expectativas e foram muitos os que enviaram roupas, prendas e calçado para a família da Paula. Esses só não são mencionados porque não foi elaborada ainda uma lista. Amanhã mesmo, este agregado terá tudo na sua posse e, por certo, quererá endereçar-vos uma palavra amiga. Publicaremos também as fotos do cartão e do vale, para que retenham a imagem de felicidade que neles vai contida em forma de boa energia. Da minha parte, e de todas quantas dinamizaram a iniciativa, só podemos agradecer-vos muito, muito, muito e manifestar o nosso orgulho porque ainda há muita gente que se importa. Um ENORME BEM HAJA A TODOS. Esta lista não está ainda fechada, pois ainda há gente a recolher mais dinheiro junto de amigos. Os 30 euros iniciais chegarão à Paula por outra via, pois foram depositados já depois de termos encerrado a campanha e de ter sido recolhido o dinheiro da conta para enviar. De qualquer forma, não se preocupem que tudo será entregue.

A. Bentes-10€
F. Silva- 10€
P. Prudêncio- 10€       
R. Guerreiro – 20€
M. Lourenço – 10€
L. Serafim – 20€
R. Correia – 5€
T. Relvas – 20€
L. Gomes – 20€
L. Cardoso – 20€
I. Castro – 20€
S. Flores – 10€
M. Jordão – 10€
T. Domingues – 20€
A. Sousa – 10€
A. Alheiro – 30€
G. Ramos – 5€
G. Gomes – 10€
A. Silva – 3€
N. Alves – 10€
A. Almeida – 20€
S. Arriaga – 5€
A. Amorim – 50€
A. Simões – 20€
C. Machado – 20€
A. Castro – 20€
D. Brites – 20€
D. Sarmento – 15€
C. Leitão 15€
I. Sousa – 10€
V. Rodrigues – 10€
S. Sousa – 20€
I. Patrocínio – 5€
L. Gomes – 150€
R. Camões – 10€
P. Fino – 5€
S. Antunes- 20€
Z. Afonso – 10€
C. Ribeiro – 10€
C. Carvalho – 10€
M. Rebelo – 10€
C. Godinho – 10€
J. Duarte – 25€
D. Lopes – 10€
C. Rebelo – 10€
Fren – 30€
H. Silva – 10€
C. Folhadela – 15€
C. Cesário – 10€
G. Rodrigues – 5€
S. do Ó – 5€
J. Roque – 10€
A. Nogueira – 10€
M. Mestre – 10€
S. Cachinho – 10€
R. Jacinto – 15€
M. Valente – 20€

Total – 903 € *sem os 30 euros que vão à parte.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Chegamos

ao fim desta jornada com as mãos cheias de humanidade. Obrigada, de coração a toda a gente que ajudou, aqueles que deram roupas e alimentos, bem como aqueles que quiseram ajudar e não puderam. É um privilégio viver no mesmo mundo onde vocês vivem. Amanhã divulgaremos a lista dos donativos, todos eles recebidos com o maior dos agradecimentos e o mais genuíno dos carinhos.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Como diz uma das nossas amigas

 Acreditamos que a forma mais inteira de se ser feliz é combater o egoísmo que há em nós e nos outros. Se nos fecharmos numa concha, este período que agora atravessamos será muito mais desabilitante, muito mais perigoso e solitário. Parece lamechas, mas gostamos de acreditar no poder de um abraço e de uma mão aberta, de uma gargalhada e da amizade.

 Posto isto, aqui ficam os últimos apelos:

NIB para o Cartão Continente

0007 0000 15326500133 23

Ouvir

de olhos fechados e abri-los num instantinho sempre que o patrão entrar na sala.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Os fios

Estão a ver quando deixamos os carregadores no chão por um pedaço de tempo e quando lá chegamos os fios emaranharam-se sem ninguém lhes tocar? Ou com os nossos colares que guardamos numa caixa? Eles enrolam-se sem ninguém os ver e sem que saibamos que movimentos fizeram até chegar àquele estado. Depois há quem os desenrole com muita paciência e quem os rebente com a neura de não conseguir desenvencilhá-los e vá comprar outros. Eu insiro-me nesta última categoria.  Acho que está explicada a forma como uns e outros reagem a uma crise, qualquer que ela seja.

Ainda aqui estamos

Com o coração tipo uva passa, mas de pé. Ontem foi um dia histórico, pelas piores razões. De certa forma julgo que esta ajuda à Paula veio em boa hora. Não consigo parar de imaginar como se sente uma família onde nenhum dos elementos trabalha ao ouvir ontem a lista das medidas de austeridade. Para uns, basta apertar o cinto. São menos umas coisas que se compram. Para outros nem um beliscão. Mas para uma significativa franja da nossa população, isto significa o fim de muita coisa. Passará a pairar sobre eles a ameaça das prestações que não se pagam, as contas que se acumulam, os credores, as penhoras, o caos. Não quero vir para aqui expiar as minhas preocupações, portanto congratulemo-nos por estarmos vivos, se conseguirmos congratular-nos com alguma coisa, numa fase destas. Que não morra a solidariedade porque só com ela poderemos passar esta temporada muito escura. Quem achar que a solução é o "salve-se quem puder" não aprendeu nada com a História da Humanidade.

O NIB para os donativos relativos ao Cartão Continente:

0007 0000 15326500133 23

A morada para o envio de roupas (tamanho 42 para ele e ela, dez anos para a filhota; sapatos 40, 36 e 31) e outras coisas que queiram oferecer:

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Desafio

Imaginem que o vosso saldo bancário está quase a zero e o vosso País está de tal forma que não há já lugar para a esperança. Todos os dias de manhã à noite, pensam no quanto gostariam de voltar à vida activa, de fazer parte do todo, de levar dinheiro para casa, de fazer férias, de comprar um mimo, de não ter remorsos de cada vez que o vosso cartão de débito paga as contas do hipermercado. Imaginem como é não conseguir deixar de pensar em dinheiro ou na falta dele. Minuto após minuto, são essas as preocupações que consomem o vosso tempo, esse tempo que se esgota sem dó nem piedade sem esperar por vocês. Imaginem o que é não poder ir passear, arejar, ver outras paisagens, jantar fora, ir ao cinema, comprar um livro. Para alguns, seria já suficientemente mau e dramático porque a vida é também prazer e não só obrigações e deveres. Mas há outro patamar abaixo deste (há muitos, aliás), quando vocês deixam de ter dinheiro para pagar livros escolares, contas, comida e empréstimos, quando já não conseguem fazer frente a um imprevisto ou custear as roupas dos filhos para a próxima estação. Já para não falar das vossas próprias roupas, que ficam sempre no último lugar das prioridades. Tudo fica em último, pois uma mãe abdica sempre de si mesma para garantir o bem- estar dos mais pequenos. Que mal é que eu fiz? Não há nada em vocês que não mingue, a começar pela alegria. Vai-se a auto- estima, o prazer de viver, passam a sentir-se desinteressantes, sem aptidões ou talentos. Se calhar não valho nada. Começam a descurar a aparência e deixam de se importar com o mundo que corre lá fora porque o mundo também não se importa convosco. As portas fecham-se e aquele milagre que não chega nunca. Fomos abandonados por Deus? Imaginem que já não há vontade de estar com amigos, de sair de casa, de conviver, de viver? Não há dinheiro para gastar e não tenho roupa para vestir. não vou a lado nenhum.  Conseguem imaginar a solidão? Porque é que só acontecem coisas boas aos outros?

É assim muito difícil perceber porque é que algumas destas pessoas desistem? Não, não é difícil de perceber. Peço-vos que deixem aqui uma mensagem de apoio para a Paula, para esta Paula e para as outras que possam rever-se nesta situação.  Ainda que falte muita coisa em termos materiais, que regresse a fé nos outros e se esbata a solidão.

Vai, sem medo


“O mais importante da vida não é a situação em que estamos, mas a direcção para a qual nos movemos.” Oliver W. Holmes

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Todas as segundas-feiras

são más ou quase más. Obrigam-nos a um pequeno recomeço. Todas as semanas temos o desgaste do primeiro dia útil, que começa no domingo, mais ou menos a meio da tarde. As segundas- feiras chegam de mau humor e devem contar-se pelos dedos as pessoas que as apreciam. No entanto, todos lhes sobrevivemos, semana após semana. A adaptação faz com que sobrevivamos aos fins e aos inícios, porque o movimento da vida é este e não há como fugir-lhe. Como as estações do ano, que se sucedem naturalmente para que o planeta se sustente e nunca morra. Para a Paula e para as outras milhares de Paulas deste País, desejamos o fim desta segunda- feira muito longa. Que chegue depressa a terça- feira, que venha a quarta e a quinta, a sexta, cada vez melhores e mais iluminadas. Que acabe a fase má e se extingam três anos de má memória. Desejamos que venha depressa essa mudança, o princípio de uma temporada abençoada em que ela e o marido voltem a sentir-se parte da sociedade, úteis, realizados, independentes. Para muitos de nós esta segunda- feira tornou-se mais fácil de suportar porque continuamos a sentir de perto o calor da amizade. Amizade de desconhecidos e de gente que nunca se falou. A força da comunidade. A acção de solidariedade pela família da Paula ainda não acabou. Parte dela terminará no dia 4, a outra é até quando as pessoas quiserem. Em breve, cá estaremos também para celebrar os sucessos desta família. Porque não há Invernos eternos, nem segundas- feiras que não cheguem ao fim.

O NIB para os donativos relativos ao Cartão Continente:

0007 0000 15326500133 23

A morada para o envio de roupas (tamanho 42 para ele e ela, dez anos para a filhota; sapatos 40, 36 e 31) e outras coisas que queiram oferecer:




sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ok

não era nenhum escândalo, era só para vocês virem cá. :D

Bom dia, boa tarde, boa noite

Hoje não tenho lições de moral, se alguns as tomarem assim. Mas hoje é sexta- feira, por norma é um dia feliz. O fim-de-semana aproxima-se chuvoso, alguns vão sair para jantar fora, outros fazem um jantarinho especial em casa, como eu. No global, exceptuando quem trabalha sábado e domingo, todos passam o dia mais empolgados antevendo o sossego de dois dias. Para as pessoas que aqui têm vindo, com o seu coração fofinho, e essa extraordinária qualidade de não fazer que este caso não é nada com elas, desejo um fim-de-semana com direito a tudo. Boa comidinha, beijinhos, séries e filmes na TV, muito certamente algumas zangas pelas asneiras dos filhos, umas quantas birras ou, simplesmente, uma ressaca. Para estas pessoas que aqui têm vindo e se têm prontificado a ajudar, há também outro sentimento à mistura: o de saber que, se calhar, por causa desta pequena acção solidária, a Paula, o marido e a filha também possam vir a ter uma ou duas sextas- feiras assim, daquelas em que, por momentos, deixam de ter medo do desamparo e do futuro incerto. Talvez eles possam até comprar uma garrafa de champanhe no Continente e brindem a nós. Talvez sintam que três anos de inactividade não os secaram assim tanto e não fizeram mossas irreversíveis. Mas fizeram. Só com o tempo se vão curar, assim que as sombras saírem das suas vidas e volte a entrar a D. Esperança, essa sensação maravilhosa que nos permite andar para a frente e destruir a murro todos os obstáculos.

Para os que vierem aqui hoje, um abraço e um olá. Sei que se sentirão bem. Aqui há gente de bem. Se perdeu tempo a ler estas linhas é porque não assobiou para o lado. Para mim, saber que há quem não assobie para o lado (embora, obviamente, não me esteja a referir a quem não olha para uns e ajuda outros), é razão para passar um fim-de-semana muito mais simpático. Oxalá pudéssemos fazer isto mais vezes. Ter mais para dividir mais. Ter mais para partilhar com mais regularidade. Mas não. Há pessoas aqui que pouco têm, monetariamente. Muito pouco, aliás. E dividem o seu pão a meio. E rasgam a capa para oferecer a quem não tem nenhuma.  São autênticos tesouros, dos mais valiosos.

O NIB para os donativos relativos ao Cartão Continente:

0007 0000 15326500133 23

A morada para o envio de roupas (tamanho 42 para ele e ela, dez anos para a filhota; sapatos 40, 36 e 31) e outras coisas que queiram oferecer:

Susana V. 
Rua das Valas, 25
4510-154 Jovim
Gondomar

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

(re) lembranças

Não sei que nome dar a isto. Não é uma campanha nem angariação de fundos. É um acto de amor, de certa forma. Está a correr muito bem e todas estamos muito contentes com a bondade das pessoas. Não que nos surpreenda, não. Já o comprovámos em dezenas de outras situações e só temos pena que outros não rejubilem com esta visão, pois o mundo interior de todos vem sendo povoado de imagens de egoísmo, maldade, impunidade e indiferença de vários sectores da sociedade. Agora é começar a imaginar a cara da Paula quando receber as coisas. Metade dela não se sentirá à vontade, a outra metade vai ficar enternecida, agradecida, julgo que feliz pela solidariedade, mas, contas emocionais feitas, o que importa é tirá-la do sufoco. Permitir-lhe respirar um pouco mais de tempo até, quem sabe, uma dádiva, um milagre ou apenas um pouco de sorte consiga fazer com que alguma das entrevistas a que ela e o marido têm ido, dê certo. Dê muito certo. Para já, conseguimos juntar donativos na ordem dos duzentos e tais euros e espero que até ao dia 4, mais alguns amigos venham de dar um pouco de si a esta família. Um pouco de amor, que isto é genuíno amor pelo próximo. Não adianta pedir a quem ainda aqui não veio. Tem de haver um clique. Aquele clique. Há pessoas que dão para outras causas. Pessoas que fazem isto todos os dias, organizam ou contribuem. De certa forma, invejo a textura cívica daquela altura em que a pobreza no nosso País era tal que as pessoas criavam filhos de outros, um dois ou três, a quem chamavam afilhados e aos quais nunca cortavam a possibilidade de amar a família que os criou e a família que os pôs no mundo. Não havia fronteiras nesse amor. Na maioria das vezes, ajudava-se porque os elos comunitários eram fortes e a solidariedade não tinha nome. Era só aquele dever interior de não deitar a cabeça na almofada, sabendo que o vizinho do lado estava a sofrer e a passar necessidades. Não é um tempo que se inveje, pois não, embora, em certos aspectos caminhemos para lá.  O que se inveja e se celebra são esses laços que envolvem suavemente os outros, até que estes percebam que não estão sozinhos no mundo. Todo o homem é nosso irmão e é verdade. E um irmão cuida, defende, protege, dá um empurrão para a frente.

O NIB para os donativos relativos ao Cartão Continente:

0007 0000 15326500133 23

A morada para o envio de roupas e outras coisas que queiram oferecer:

Susana V. 
Rua das Valas, 25
4510-154 Jovim
Gondomar

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

A Paula

não sabe de nada disto. Sabe apenas que eu ia tentar arranjar-lhe umas roupas para ela e para a miúda, junto de amigas. Logo de seguida fiz esse pedido, falei com as amigas, que logo se prontificaram para oferecer roupa e enviá-la pelo correio, sem necessitar de intermediários. A Zá sugeriu que se fizesse também um pedido de ajuda para géneros alimentares, via Cartão Continente, o que já foi feito antes para ajudar algumas pessoas. A opção foi criar um blogue que não identificasse os intervenientes e enviar-lhe, assim que possamos, a roupa e o cartão. Sei que vai ficar feliz e sossegada. Eu fico feliz e sossegada porque conheço a generosidade desta malta que aqui anda e de outra que aqui há- de vir. Não quer dizer que a Paula não aceitasse outro tipo de ajuda, que o tempo da pobreza envergonhada já lá vai, mas preferimos, por respeito a ela e, sobretudo, ao marido, que nem sequer desabafa com ninguém os problemas de casa, fazer assim. Roupa e brinquedos, calçado e outros mimos de que se lembrem, incluindo géneros alimentares não perecíveis (se optarem por não dar dinheiro para o cartão), podem ser enviados para mais uma destas amigas queridas, que nunca dizem não à bondade. Ela encarregar-se-á de os fazer chegar ao seu destino.

Susana V. 
Rua das Valas, 25
4510-154 Jovim
Gondomar

Obrigada

minhas princesas.

Amanhã por nós

Ela contou-me a história ontem à noite, por mail. Já tinha percebido, pelas suas ausências, que a sua situação económica tinha piorado. Perguntei-lhe o que se passava e ela fez-me uma lista dramática do que se passa na sua vida. Depois de três anos de desemprego, com muitas tentativas de reverter a situação, incluindo um negócio que acabou por transformar-se num pesadelo em vez do sonho e da tábua de salvação que a Paula (alteramos o nome, para não a expormos) e o marido necessitavam, acabou-se o subsídio de desemprego. O de um e o de outro, já que a Paula e o João são daqueles casos do despedimento a dois, porque trabalhavam no mesmo local. Creio que nunca julgaram que as coisas pudessem chegar a este ponto, nem que a crise vinha para lhes afundar o gosto de viver e o amor próprio. A nós, amigas, custa-nos porque este caso é um de múltiplos. A nossa sociedade pode ter perdido tudo, pode estar a atravessar tempos de aridez moral e financeira, mas nunca lhe faltou solidariedade. Consigo imaginar o desespero deles, com uma filha pequena ao seu cuidado e as contas que não se compadecem das nossas tragédias pessoais. Elas chegam e chegam, todos os meses. A Paula não sabe que estamos a fazer isto por ela. Sabe apenas que lhes vamos arranjar roupas. Mas o propósito deste blogue é tentar também dar-lhes algum apoio monetário de urgência, para compras no Continente. Já foi feito outras vezes, por outras pessoas que nos passaram pela vida. Nunca saberemos quando precisaremos da mão de alguém para nos ajudar a levantar. Como isto está, não sabemos mesmo. E a verdade é que todos tempos o poder de ajudar o próximo. É uma dádiva que nos foi concedida, isto da compaixão e a solidariedade. Os meus avós e outros velhotes que conheço sempre disseram que aqueles que menos tinham eram sempre os mais solidários. Nós acreditamos que é sempre possível dividir. O pouco e o muito. Podemos contar com a vossa amizade de sempre, para ampararmos um pouco o desespero desta família?

Para envio de donativos, disponibilizamos o seguinte NIB, onde constará o nome de Zaida Afonso: 

0007 0000 15326500133 23



Se optarem por depositar no banco, associem o vosso nome. Caso o façam por transferência interbancária num MB, podem sempre enviar o comprovativo para dsousa@sapo.pt. Somos de total confiança, mas conseguimos assim uma maior segurança e transparência em todo o processo.

Assim que houver uma quantia suficiente, dentro de pouco mais de uma semana tornaremos público o montante conseguido para o carregamento do cartão Continente. Para quem quiser dar também roupa e calçado (a menina veste tamanho dez, ele e ela vestem o 42 e os sapatos são 31, 36 e 40), será aqui colocada uma morada muito em breve.